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A Engenharia Econômico-Industrial do Documentário "A Conspiração da Lâmpada Elétrica"

 

Por Rilton Primo*

O  documentário The Light Bulb Conspiracy (A conspiração da Lâmpada Elétrica), escrito e dirigido por Cosima Dannoritzer e produzido em 2010 pela Media 3.14 Article Z em co-produção com a Arte France, Televisión Española e Televisió de Cataluña (ficha técnica e link de acesso ao fim do texto), é uma primeira aproximação ao caso do oligopólio das lâmpadas.

O vídeo não deixa de frisar que é genérico aos demais grupos restritos que encurtam propositalmente o ciclo de vida dos bens (em geral normais e inferiores, a saber), impactando cada um de nós e a sociedade como um todo. Urge revisarmos o tema face aos rumores de um novo Conflito Global de Alta Intensidade e às expectativas - ainda que tardias! - de um devir cada vez mais repleto de bens superiores.

 

CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

 

Fraude que remonta aos primórdios da produção de mercadorias, há indícios da obsolescência planejada (planned obsolescence), não como exceção dos diferentes setores da manufatura e da indústria, mas como comportamento com tendências macroeconômicas,  já na primeira metade do século XIX.

 

A crise de 1825 arrancou a indústria da infância e iniciou o "ciclo periódico da sua vida moderna", historiara K. Marx em 1873, lembrando que a partir de 1848, a produção capitalista tinha se "desenvolvido rapidamente na Alemanha, onde florescem, nos dias que correm, a especulação e a fraude". Mas, já em 1843-44, ele e F. Engels registrariam que "quando o mercado alemão encontrou-se abarrotado e, apesar de todos os esforços, a mercadoria não encontrava saída no mercado mundial, os negócios começaram a se deteriorar, como é comum na Alemanha, por força da produção fabril adulterada, da alteração da qualidade, da sofisticação da matéria-prima, da falsificação dos rótulos, das compras simuladas, dos cheques girando a descoberto e de um sistema de créditos carente de toda base real." Esta passagem da Seção I (Feuerbach) do A Ideologia Alemã poderia ter sido divulgada, era fato público, porém nenhum editor de então quis publicá-la, e o livro só veio à luz, incompleto, em 1932 e, com as demais páginas inéditas, só em 1962. Outros autores, todavia, já haviam denunciado estes embustes mesmo antes deles, e percebido sua forte relação com os ciclos.

Voltando ao Volume I do Princípios de A. Marshall, em seu balanço do que L. Walras chamou, ao seu tempo, de “o sistema atual”, conclui que, em geral, "a era moderna abriu indubitavelmente novas portas à desonestidade no comércio. [...]. As oportunidades para a velhacaria são por certo mais numerosas hoje do que as de antigamente [...]. A adulteração e a fraude no comércio verificam-se na Idade Média numa extensão que é espantosa se considerarmos as dificuldades de causar dano sem ser descoberto nessa época."

O perturbador é que ainda ontem argumentou-se, como neste documentário, como um truísmo, que sem o consumo fraudado não haveria oferta, emprego, crescimento. Esta proposição, mesmo velada, é aberrativa em termos de teoria econômica. E é incivilizatória. 

O documentário não o diz de modo explícito, nem seria necessário, sendo compreensão tecnológica e comportamental relativamente antiga, pelo que ficará aqui composta apenas uma digressão sobre a falácia, nos termos da engenharia econômico-industrial.

1 PRIMEIRA ORDEM DE REFLEXÕES

1.1 RÉPLICA ARITMÉTICA

Um possível ponto de partida pode ser a consideração aritmética de que, sem a engenharia da obsolescência, haveria mais recursos em poder dos compradores, para outras necessidades que não as de reposição dos produtos pelos quais já pagou.

 

Os recursos materiais e humanos alocados nos setores em que as demandas já estariam sendo satisfeitas no curto e médio prazos passariam para os onde existem demandas potenciais reprimidas, conforme os gradientes de realização das necessidades de consumo e desenvolvimento atuais e futuras, de modo sustentável. É a chamada transição do reino das necessidades ao da liberdade.

Um dos principais efeitos, nos termos da economia ecológica, do fim da planned obsolescence, é desagravar os recursos naturais usados para repor bens com ciclo de vida útil propositadamente encurtados. Haveria um florescimento das inovações, produtos e serviços menos intensivos em matérias primas, a saber, gerando um novo marco civilizatório, intensivo em valores imateriais. Não apenas a capacidade de carga dos ecossistemas será menos desrespeitada, a consciência da delicadeza deste equilíbrio elevar-se-á.

Em dado momento, o oligopólio da lâmpada definiu sua vida útil em 1.000 horas, quando era possível fazê-la durar mais de 100 anos. Está por ser feito o cômputo de quanto foi subtraído ao homem pelo esforço de produzir bens e serviços calculadamente fragilizados.

1.2 UMA ARTIFICIALIDADE ENTRE OUTRAS

A engenharia da obsolescência é um dos estratagemas que artificializam mercados, ao lado da subutilização da capacidade instalada (hiato entre a produção potencial e a efetiva) e da sub-formação bruta de capital fixo (FBCF) e tecnológico, por exemplos mais genéricos. Estas artificialidades foram denunciadas há muito pelos economistas clássicos e neoclássicos, marxistas, neoricardianos, J. Robinson, F. Perroux, G. Myrdal, C. Furtado e, muito especialmente, por P. Labini, em seu Oligopoly and technical progress, de 1969.

Uma terceira frente de reação merece nota, por igualmente estruturante: o avanço propositalmente lento da produtividade, promovido pelos sindicatos oligopólicos com o propósito de conter a oferta e elevar os preços intermediários e finais, amiúde, deles mesmos.

O  subdesenvolvimento, para a CEPAL, é um projeto de long run calculado. São táticas medievais, de fato; coíbe-se a produtividade. Como diria J. J. Rousseau, estas demonstrações, por comuns, não iludem ninguém, são cuidados perdidos. O que há hoje é alienação.

2 SEGUNDA ORDEM DE REFLEXÕES

 

Uma ​segunda perspectiva, não linear, aponta aos contornos civilizatórios ou mais amplos do problema, pela qual sobretudo os bens "superiores" (cujo consumo gera cada vez mais demanda, como cultura, arte, música, literatura, filosofia e ciência etc.) são subtraídos pelas reposições artificiais de bens "normais" e "inferiores" (conceitos a seguir revistos), rumo à barbárie do consumo induzido e não-funcional, de Veblen ou Snob (categorias também revistas a seguir), por falta de consumo dos superiores. Um ciclo retroalimentado.

Adiante-se que os bens "superiores" são, em grande parte, intangíveis, e que os aculturais são intensivos em matérias-primas degradadas ou por degradar, gerando maior entropia, de modo muitas vezes irreversível, especialmente através da petroquímica.

Conforme a teoria neoclássica, os bens normais são os cujo consumo se eleva com a elevação da renda, mas gera saciedade decrescente, após certo limite de dispêndio, a cada nova aquisição (ou até com uma única aquisição), como os bens duráveis e semi-duráveis, eletroeletrônicos, mobília, vestuário, alimentos e bebidas, bens de uso corrente e serviços de boa e excelente qualidade, em geral alvo de expedientes antinaturais como a obsolescência planejada, pois sem estes bens a sobrevivência das classes médias seria inviabilizada. Sim, são feitos por engenharias econômicas que garantem que não durem mais do que o arbitrado pelos oligopolistas.

Os bens inferiores são os cuja demanda decresce ou, em muitos casos, cessa ou tem uma queda abrupta, quando o poder aquisitivo se eleva, a partir de um patamar abaixo do padrão de consumo das faixas de renda consideradas médias, como os bens de má qualidade, seminovos ou reparados, cursos de pouca utilidade, bens altamente frágeis ou não duráveis, danosos à saúde etc., todos em geral mais baratos, porém com altas externalidades, danos e efeitos colaterais, em geral objetos de obsolescência levada aos limites máximos da fragilidade, como roupas, sapatos e utensílios em geral, eletroeletrônicos ou não, das piores espécies, que se deterioram com impressionante rapidez. Igualmente, sem estes bens a sobrevivência da maior parte dos seres humanos seria inviabilizada. Desta vez, as equipes de engenharia têm o desafio de fazer com que não durem mais do que o ponto de esvaziar o bolso das classes trabalhadoras menos remuneradas. Excedido este limite, o trabalhador vai descalço, descamisado e doente à firma. 

 

Este é um dos principais aspectos corrigidos pelos modos de produção não voltados para os ganhos destrutivos dos oligopólios. Resta saber como os estudos sobre sistemas econômicos comparados passaram a ser menos demandados, simultaneamente ao ascenso destes atores que Celso Furtado chamou, ironicamente, de "os campeões dos mercados".

 

Incasualmente o subtítulo escolhido para o referido documentário foi "a história não contada da obsolescência planejada".  

3 A BARBÁRIE DA DEPRECIAÇÃO PSICOLÓGICA, FÍSICA E TECNOLÓGICA


Existem outras curiosas classificações dos bens e serviços, indiretamente tratados no documentário, como os chamados "Bens Veblen" ou "Bens Ostentação", pelos quais os consumidores buscam evidenciar seu status a outras pessoas, usufruindo de mercadorias cujo preço é elevado relativamente a suas substitutas. As classes de renda emergentes demandam por estes tipos de mercadorias, de forma crescente, mas há bens e serviços parecidos, porém com impacto de demanda contrário, os chamados bens de efeito "esnobe".

 

Nesta segunda tipificação complementar, os demandantes cessam de desejar o bem ou serviço caso eles se popularizem, com o propósito de distinguir-se dos demais consumidores, prática em parte indiferente à questão de serem duráveis ou não, mas conexa, pois o "snob" não é um problema macroeconômico, mas inegavelmente o são os que, por imitação dele, nutrem modas de segundas e terceiras classes de rendas, e provocam um efeito contrário, elevando a demanda por bens e serviços que são crescentemente demandados. Isto é chamado de efeito bandwagon, voltado a bens pretensamente duráveis de marcas que espelham as mais resistentes e caras. Observe-se que nem estas chegam, quanto à durabilidade tecnicamente possível, sequer próximo dela, em geral.

 

No bandwagon a engenharia da obsolescência pode incidir fortemente, até porque a demanda não é funcional ou útil, mas de Veblen ou proto-esnobe, induzidos pelo "efeito demonstração" das elites (os próprios oligopólios e sua propaganda), a cujos padrões de despesa não pode equiparar-se, apenas imitar. Esta anomalia, quando relacionada ao status administrativo ou do cargo que o consumidor passou a ocupar, chama-se atualmente "efeito Peter", mas é um dos comportamentos mais derrisórios da literatura econômica, ao menos desde o Teoria dos Sentimentos Morais, de Adam Smith, publicado em 1759, como uma depreciação do ser. O tema seria retomado por A. Schopenhauer no Livro IV d'O Livre Arbítrio, remetendo-se aos que se frustram por ambições insensatas. 

Nos termos de Lipovetsky e Serroy (2014), intimamente ligada à planned obsolescence, "a revolução moderna da produção abre as portas à fancaria e à má-cópia, a quantidade em detrimento da qualidade e da originalidade", pelo que "a sociedade hipermoderna é também a da artificialidade, da contrafação, do falso-luxo e da verdadeira fancaria, do falso verdadeiro e do verdadeiro virtual."

M. Dobb nota que o enfoque dos problemas de bem-estar econômico tem sido influenciado por estas teorias que, a partir de S. Jevons, têm analisado o consumo em termos da conduta dos indivíduos, como átomos primários e primordiais do problema, ignorando a interdependência entre seus desejos e o jogo do convencionalismo social. Para P. Streeten os interesses dos homens não são dados últimos, mas "o resultado do quadro econômico e social que estes dados ajudam a compor", destacando que "esta dependências dos desejos frente à atividade social vai mais longe que a influência da publicidade que tanto se cita."

 

J. V. Graaf concluíra que “pouco se pode duvidar do grau em que os gostos (e, naturalmente, em especial os dos jovens) são moldados pelas forças sociais”, e o prof. A. Hansen chegou a dizer que "em nossos dias, os consumidores já não atuam pela sua própria vontade. A curva da demanda já não é o produto dos desejos espontâneos. Está manufaturada. Ao consumidor se ‘lava o cérebro", que o processo de escolha dos consumidores converteu-se em um ramo da psicologia e os seus desejos já não são um problema de livre-arbítrio, mas de "produção em série".

4 INDICAÇÕES E NOTAS PROVOCATIVAS

 

A combinação da engenharia da obsolescência com os efeitos Veblen, Snob e outros, já fazia parte do instrumental econométrico dos oligopólios desde as maiores convulsões do século XX, feitas negócios presididos à trilogia produção, depreciação, reposição, sem tréguas ou rédeas, inclusive à marcha da 1ª Guerra Mundial. No entre-guerras, analistas como Bernard London propuseram abertamente o fim da depressão através da planned obsolescence. A 1ª Grande Guerra tinha sido tão subaproveitada, pelas engenharias reconstrutoras, que deflagraram a 2ª. Ela ilude. T. Piketty historiou (2014) que a Alemanha e a França perderam nela 40 vezes mais capital que suas destruições físicas. É muito menos alardeante fazer isto sem suprimir abruptamente 44 milhões de almas.

Em 1950, quando Leibenstein formalizou o efeito "Bandwagon", "snob" e "Veblen", 730 representantes de 44 nações oligopolistas aplaudiam o 6º aniversário do Bretton Woods Agreement, do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento - BIRD e do Fundo Monetário Internacional - FMI, pelos quais passaram a regular a política econômica global, sistema regulatório tornado ele mesmo obsoleto, em 1971, em mais um recall dos oligopólios, batizado de "Choque Nixon", pelo qual passou a vigorar, até os dias de hoje, não mais a conversibilidade do dólar em ouro, mas o dólar fiduciário puro, em regime de câmbios flutuantes, insubordinado aos governos e pautado, fundamentalmente, nas demandas conexas da planned obsolescence e das transações globais dos oligopolistas.

 

Desde a esferográfica descartável do barão Bich, de 1953, passando pelos isqueiros e lâminas de barbear descartáveis, em 1973, talheres de plástico, cadeiras de papelão de Peter Murdoch (Polka-Dot Chair), feita para durar de três a seis meses, para-choques inúteis etc. a historiografia relata o "advento desta economia-moda generalizada, esta civilização do descartável, cada vez mais acentuada, devido à utilização de materiais baratos" e, assim, o "estatuto efêmero e a obsolescência calculada aplicam-se a um número cada vez maior de produtos destinados a chegar a todas as classes econômicas e sociais", frisam G. Lipovetsky e J. Serroy.

Incivilizatória, mas alcoviteira, desde quando ainda não estava aparelhada de designers, marketing e merchandisings, uma seita propagara com muito zelo - disse M. Robespierre, em seu Discurso ao Ente Supremo -  "a opinião [...], que prevaleceu entre os grandes e mais belos espíritos; deve-se-lhe, em grande parte, aquela espécie de filosofia prática que, reduzindo o egoísmo a sistema, considerou a sociedade humana como uma guerra de astúcia, o êxito como a regra do justo e do injusto, a probidade como um negócio de gosto e de decoro, o mundo como um patrimônio dos tratantes hábeis." 

 

Ante os oligopólios nascentes no século XVIII, J. Rousseau chegou a alertar que "as noções da justiça desaparecem de ora em diante; é aqui que tudo conduz à lei do mais forte, e, por conseguinte a um novo estado da natureza diferente daquele pelo qual começamos, sendo que um era o estado de natureza na sua pureza, e este último é o fruto do excesso de corrupção. [...] [do que já] ninguém se pode queixar das injustiças de outrem, mas somente da sua própria imprudência ou da sua desgraça".

 

Estas duas últimas opiniões oitocentistas parecem bizarramente atuais. Tem sido alardeantes os recentes rumores de um Conflito Global de Alta Intensidade? Melhor indagando, tem se dado suficiente visibilidade aos dados sistematicamente divulgados pelo Instituto Heidelberg de Investigação de Conflitos Internacionais (The Heidelberg Institute for International Conflict Research - HIIK)?

 

Segundo o HIIK, já em 2008, além das guerras do Afeganistão, Paquistão, Somália, Yêmen, Faixa de Gaza, Sri Lanka, outros 365 conflitos foram reconhecidos na forma de guerras internacionais ou limitadas, confrontos violentos e guerrilhas, contabilidade global que se elevou a 396 em 2012 (Figura 1), entre os quais dezoito guerras e 25 guerras limitadas, além de 43 conflitos altamente violentos e 165 crises violentas, atingindo o maior número de conflitos violentos já observado desde a II Guerra Mundial (Gráfico 1).  

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Ficha Técnica do Documentário:

 

  • Título Original: The Light Bulb Conspiracy: the untold history of planned obsolescence

  • Link de acesso: https://www.youtube.com/watch?v=roPG_KSnDxs

  • Duração: 52':49'';

  • Ano: 2010;

  • Texto e direção: Cosima Dannoritzer;

  • Produção: Media 3.14 Article Z em co-produção com a Arte France (Unité, Actualité, Société et Geopolitique, nas pessoas de Alex Szalat e Marie Girod), Televisión Española (nas pessoas de Pere Roca e Andrés Luque) e pela Televisió de Cataluña (nas pessoas de Joan Salvat e Mutsa Tarres).

 

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Sugestões de leitura:

 

  1. DA SILVA, Maria Beatriz Oliveira. Obsolescência programada e teoria do decrescimento versus direito ao desenvolvimento e ao consumo (sustentáveis). Veredas do Direito: Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentável, v. 9, n. 17, p. 181, 2012.

  2. PIKETTY, Thomas. Capital en la XXI Siglo. Londres: Cambridge, 2014.

  3. LIPOVETSKY, Gilles; SERROY, Jean. O capitalismo estético na era da globalização. Lisboa: Edições 70, 2014.

  4. BULOW, Jeremy. An economic theory of planned obsolescence. The Quarterly Journal of Economics, v. 101, n. 4, p. 729-749, 1986.

  5. WALDMAN, Michael. A new perspective on planned obsolescence. The Quarterly Journal of Economics, v. 108, n. 1, p. 273-283, 1993.

  6. GUILTINAN, Joseph. Creative destruction and destructive creations: environmental ethics and planned obsolescence. Journal of business ethics, v. 89, n. 1, p. 19-28, 2009.

  7. LEIBENSTEIN, Harvey. Bandwagon, snob, and Veblen effects in the theory of consumers' demand. The quarterly journal of economics, v. 64, n. 2, p. 183-207, 1950.

  8. LABINI, Paolo Sylos. Oligopoly and technical progress. Harvard University Press, 1969.

  9. LONDON, Bernard. Ending the depression through planned obsolescence. Retrieved March, v. 25, p. 2016, 1932.

 

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*Economista | Consultor do CEALA.

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